Ao Sabor da Corrente - Sexo e Parasitas
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por: Zoomarine
Total leituras: 278
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Data: Fri, 24 Jun 2011 Hora: 9:44 AM
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Um recente artigo publicado no jornal American Naturalist sugere que o sexo, à parte da sua função central na biologia das espécies, poderá ter evoluído como uma defesa contra parasitas.
A reprodução assexuada poderia ser considerada a melhor forma de, adaptativamente, garantir a continuidade das espécies, uma vez que cada organismo gera um ou mais organismos. Comparativamente à reprodução sexuada, na qual são necessários dois organismos para produzir, pelo menos, um novo organismo, as contas são fáceis de fazer. A reprodução assexuada tem o dobro da capacidade reprodutiva da sexuada.
Uma das hipóteses propostas nesta investigação é que os parasitas garantem que os organismos com reprodução assexuada não se reproduzam em demasia. Uma vez que cada descendente tem os mesmos genes que o progenitor, estes terão as mesmas vulnerabilidades genéticas aos parasitas, vulnerabilidades estas exploradas pelos últimos e que podem condicionar uma população inteira. Ao invés, os organismos com reprodução sexuada, sejam progenitores ou descendentes, apresentam uma grande variabilidade genética, protegendo-se, portanto, com maior eficácia dos parasitas. Assim, em teoria, a reprodução sexuada ajuda as suas populações a manterem uma maior estabilidade.
Segundo o artigo, algumas experiências já tentaram testar esta teoria na natureza. Com recurso a espécies com ambas estratégias reprodutivas, verificaram que inicialmente as versões assexuais multiplicam-se rapidamente mas, uma vez introduzido um parasita, a longo prazo vingam as versões sexuadas.
É, portanto, uma vantagem evolutiva ter uma estratégia reprodutiva sexuada.
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